29/09/2010

O fênix capixaba


Krystian Kymerson quebra tabu de 25 anos e recoloca o surf capixaba no lugar mais alto do pódio. Foto: Pedro Monteiro.

O Espírito Santo esperou 25 anos para ver um capixaba vencer novamente um evento profissional de surf.

O último capixaba a vencer um campeonato havia sido Nelson Ferreira. Em 1985, ele faturou o Sumertime Surf Sul na praia Brava de Matinhos (PR) e levou o prêmio: uma Chevy 500.

Mais de duas décadas depois, Krystian Kymerson, 17, inaugura nova era ao vencer a terceira etapa da Seletiva Petrobras 2010 em Saquarema (RJ).

Em 1985, ainda nem existia circuito brasileiro. Rolavam grandes eventos de surf, com boas premiações e participavam os melhores atletas da época. Tais acontecimentos eram definidos como “campeonato brasileiro de surf”. Corrijam-me se eu estiver errado.

Arrojado e talentoso, Krystian Kymmerson tem tudo para ver sua carreira decolar. Foto: Pedro Monteiro.

Exatamente por isso, Krystian Kymerson escreveu uma nova página na história do surf capixaba e desponta como referência para os moleques da região.

O principal crédito deve-se ao Moacyr “Nenzinho”, pai de Krystian. Desde de que o garoto tinha 4 anos, ele o acompanhava no canto do Barrão: o jovem em uma pequena prancha e o Nenzinho empurrando o filho para o outside. Assim, Krystian acostumou-se às fortes ondas da Barra do Jucu, pico onde nasceu. Uma observação: muito marmanjo tem medo de surfar as ondas da Barra do Jucu.

De família humilde, sem muitos recursos, Nenzinho acreditou no talento do filho. O incentivou e o levou para competições locais e nacionais. No início, sem patrocínio e com muitas dificuldades, confessou que quase desistiu, mas continuou firme.

Então, conseguiu parcerias com a UOT e com a Reis Surfboards. As marcas acreditaram no talento de Krystian e forneceram o necessário para ele se dedicar às competições e chegar até o título da Seletiva Petrobras.

Orgulhoso, Nenzinho comentou sobre a final do evento. Disse que algumas pessoas o incentivaram a sinalizar para Krystian marcar o adversário. Na mesma hora respondeu: “Se tiver que ganhar, vai ganhar surfando limpo. Não vou pedir para marcar ninguém”.

E assim foi. Com muito surf e humildade, o garoto ganhou e arrancou aplausos do público. A maioria não sabe da importância desta vitoria para o surf no Espírito Santo. Krystian conseguiu o que muitos capixabas tentaram ao longo de 25 anos.

Nas declarações à imprensa, Simão Romão, derrotado por Krystian na final da Seletiva, foi perfeito: “Ele tem muito talento e vai longe. Com apoio e estrutura, tem todas as condições de crescer. O investimento tem que continuar”.

Nenzinho me disse ainda que uma vitória em um grande evento estava programada para acontecer somente em 2012 e que agora treina os dois filhos mais novos: Kalebe e Krystieli.

Ambos herdaram o talento do irmão mais velho. Atenção especial para Kalebe: ainda moleque já pega tubo de crab rail e dá aéreos.

Enfim, um dos meus sonhos era ver um capixaba ganhar um evento deste porte. Agradeço ao Krystian por realizar este sonho, que era meu e de muitos conterrâneos.

Fonte: Waves

27/09/2010

Dobradinha FC/ Keahana no Brasileiro Universitário




A praia do Bispo recebeu atletas de dez estados brasileiros para mais uma grande disputa pelo título da temporada que vale um carro zero quilômetro.

Glauciano Rodrigues sagrou-se campeão na categoria Open, a principal do evento. O atleta veio firme e determinado até as finais, em que também não deu nenhuma chance aos adversários vencendo a bateria final de ponta a ponta.

Glauciano somou 15.55 pontos contra 9.60 de André Fagundes (RN), que ficou na segunda colocação, 9.15 do catarinense André Moi, terceiro colocado e 8.65 do paulista Dárcio Dias, em quarto.

Com esta vitória, Glauciano agora ocupa a segunda colocação no ranking e vai com tudo para a última etapa que é no quintal de sua casa, em Fortaleza.

“Esta vitória foi muito importante, porque a última etapa do circuito é onde eu moro. Conheço muito bem aquela vala, estou muito feliz”, declara Glauciano, muito emocionado com a vitória.

Na Categoria Master Degree, para surfistas já formados, a vitória foi do cearense Phelipe Maia que achou boas ondas e confirmou sua vaga no lugar mais alto do pódio.

Na categoria Feminino, a grande vencedora foi Raphaela Bahia, que também é cearense. Com esta vitória Raphaela e Ana Ceccareli que ficou na segunda colocação na bateria final estão empatadas no ranking com 1.900 pontos e decidem na última etapa quem vai ficar com a moto zero quilômetro km.

A categoria Open Estudantil teve a vitória do carioca João Paulo Zampier, que assume a liderança do ranking com 1.00o pontos, e na categoria Iniciantes vitória do catarinense de Balneário Barra do Sul, Murilo Fernandes.

A vencedora do Concurso Universitária Brasil, seletiva catarinense foi a Joinvillense Fabiane Asmann, que vai representar Santa Catarina na grande final do concurso que acontece em Fortaleza, na última etapa do Circuito.

A grande final do Circuito Brasileiro de Surf Universitário 2010 acontece dias 26, 27 e 28 de novembro em Fortaleza e o vencedor do Circuito depois das três etapas na categoria Open Masculino leva um carro zero.

Já a vencedora da categoria Feminino, uma moto. Aos campeões do circuito nas categorias Iniciante Universitário e Mster Degree, levam cada um uma passagem aérea para o Hawaii e o campeão da Open Estudantil leva uma passagem aérea para Fernando de Noronha (PE).

O Mundo Universitário tem patrocínio da Pena. Apoio: Jovem Pan Joinville, Pranchas Pró-Ilha, Califórnia Beach Club, Hotel Bandeirantes da Barra, Prefeitura Municipal Balneário Barra do Sul, Confederação Brasileira de Surf, Confederação Brasileira de Desporto Universitário, Associação de Surf Balneário Barra do Sul, Federação Catarinense de Surf e Waves. Realização: Abrasu e Classic Promoções.

Resultados da segunda etapa do Mundo Universitário 2010

Open Masculina

1 Glauciano Rodrigues (CE)
2 André Fagundes (RN)
3 André Moi (SC)
4 Dárcio Dias (SP) -

Open Feminina

1 Raphaela Bahia (CE)
2 Ana Ceccarelli (PR)
3 Gabriela Silveira (RN)

Open Estudantil

1 João Paulo Zampier(RJ)
2 Fernando Paulino (SC)
3 Arthur Souza (RJ)
4 André Heiden (SC)

Iniciantes

1 Murilo Fernandes (SC)
2 François Costa (CE)
3 Jurandir Couto (SC)
4 Raphael Cabral (RN)

Master Degree

1 Phelipe Maia (CE)
2 André Fagundes (RN)
3 Alessandro Vasson (PR)
4 Eloin Travisani (SC)

Líderes do ranking depois de duas etapas

Master Degree
André Fagundes (RN) - 1.900 pontos

Iniciantes
Alex Trigueiro (RN) - 1.656

Open Estudantil
João Paulo Zampier (RJ) - 1.900

Open Feminina Ana Ceccarelli (PR) - 1.900

Open Masculina
André Fagundes (RN) - 1.900

20/09/2010

Campeão Seletiva PETROBRAS Keahana


Krystian Kymerson, surfista profissional, conquista o primeiro lugar na 3.a e última etapa da Divisão de Acesso do Circuito Brasileiro de surf - ABRASP Brasil Tour 2010, que aconteceu nos dias 16 a 19 de setembro na Praia de Itaúna, em Saquarema, Região dos Lagos do Rio de Janeiro (RJ). Com premiação de R$ 40.000,00 e 2.000 pontos para o ranking do ABRASP Brasil Tour 2010.
>
> Com vitória Krystian, de apenas 17 anos de idade, faturou R$ 10.000,00 e está entre os TOPS do circuito de acesso, e vencendo todas as suas baterias com um surf Moderno e Determinante a todos os seus adversários.
>
> A partir de terça feira, Krystian estará presente no BRASIL SURF PRO 2010, 2.a etapa da Divisão Principal do Circuito da Associação Brasileira de Surf Profissional, no qual estão presentes os 64 melhores surfistas do Brasil, nos dias 21 a 26 de setembro na Praia de Geribá, em Buzios - Rio de Janeiro, juntando aos surfistas da nova geração Marcos Fernandez, convidado do evento.
>
> Krystian já está fazendo a história do surf e esta semana, garantiu a vaga no Mundial PRO Junior da Associação de Surf Profissional ASP, que acontecerá em Outubro na Indonésia e Janeiro/2011 na Austrália.
>
> Resultado Campeonato.
>
> 1 Krystian Kymmerson (ES)
> 2 Simão Romão (RJ)
> 3 Franklin Serpa (BA)
> 3 Yan Guimarães (RJ)
> 5 Marco Fernandez (BA)
> 5 Felipe Ximenes (SC)
> 5 Gilmar Silva (SP)
> 5 Felipe Martins (CE)
>
> Fonte: www.abrasp.com.br
> Foto: Pedro Monteiro

17/09/2010

Cearense de Kitesurf - Keahana no Pódio


edR Superboards/ Keahana no póio da Master


edr Superboards / Keahana e Dias Surfboards/ Keahana no pódio da iniciante


Cearense de Kitesurf

Coloriram o Beach Park neste final de semana
Neste fim de semana, 11 e 12 de setembro, a belíssima praia do Beach Park bombou ao receber a 2ª Etapa do Campeonato Cearense de Kite Surf, o Pena Kite Open.
Muita gente bonita, boas vibrações e competidores com muita vontade de radicalizar dentro d água, compuseram o cenário do fim de semana nas areias da praia. E mais uma novidade Dodô de Oliveira retornou à locução dos campeonatos e sua alegria e descontração deixaram a competição ainda mais interessante.
Durante o sábado os ventos não colaboraram muito, chegando a 11 nós, ocasionando o cancelamento de algumas baterias e antecipando a finalização do evento.
No sábado também, os campeões da 1ª etapa Filipi Bacelar (Open) e Ricardo Fofão (Iniciante) foram eliminados, instigando ainda mais os demais competidores.
Em compensação, no domingo, o vento não deu trégua, estava com tudo, possibilitando a execução de manobras de alto nível em todas as categorias e acirrando ainda mais a disputa pelas melhores manobras. E como era de se esperar a galera conferiu um mega show de kitesurf.
Todavia nem sempre tudo dá certo no esporte e dessa vez foi o atleta Evandro Silva que contundiu o ombro durante a execução da manobra sling-chance e logo foi socorrido pelo corpo de bombeiros. Ele não pôde participar da final com Tomás Teixeira, o qual acabou levando o título da Free Style Open mais uma vez e Evandro ficando em segundo. Estamos torcendo pela sua recuperação Evandro e que na próxima você possa mostrar toda a sua habilidade na final.
O evento foi um sucesso e deixou gostinho de quero mais, agora é se preparar pra terceira etapa que em breve estará chegando.
Confira abaixo os resultados:
Wave Pro
1 Ygon Maia
2 Fábio Nunes
3 Bruno Bord
3 Gustavo Foerster
Free Style Open
1 Tomás Teixeira
2 Evandro
3 Eudásio
4 Netinho
Waves Iniciante
1 Bruno Lima (Dias surfboards/ keahana)
2 Lertiano
3 Italo Magalhães
4 Lucas Evangelista (edR Superboards- Keahana)
Free Style Iniciante
1 Romário
2 Lertiano
3 Ivanildo
4 Ramon
Wave Feminino
1 Roberta Campos
2 Maria Angélica
3 Antônia Valdiane
4 Kelry Guedes
Free Style Feminino
1 Estefânia Rosa
2 Antônia Valdiane
3 Maria Angélica
Wave Master
1 Raul
2 Hugo (edR Superboards-Keahana)
3 Torres
O evento foi realizado pela Federação Cearense de Kite Surf e Atitude Eventos, com o patrocínio da Pena Surf Wear, Beach Park e Night Power e apoio da DCofibras, Vidraçaria Paulista, Diário do Nordeste, Pranchas Dias, Leve Néctar, Mix 95.5 e Atlantidz.
Agradecemos em especial ao Presidente da Federação Cearense de Kite Surf, Sr. Odalto Castro e ao diretor de prova Thiago Rocha, pelo apoio e disponibilidade para fazermos a cobertura da competição.
Ótima semana pra todos, bons ventos, boas ondas,
CEARASURF orgulho de ser nordestino.
Por: Evelyne Magna Pessoa Chaves.
Fotógrafo Cícero Júnior.
Imagens e Edição: Décio Sales
Publicada em 13/09/2010, às 08:20hs

O mito da prancha mágica


Testando seus equipamentos


Daniel Friedmann

O mito da prancha mágica

Por Ricardo Carvalho em 13/09/10 15:25 GMT-03:00

Considerado um dos grandes nomes do surf brasileiro, Daniel Friedmann começou a surfar em 1968, ainda com pranchas de madeira.


Títulos importantes no currículo não faltam: três torneios nacionais (1974, 76 e 77), além da conquista do Waimea 5000 de 1977, então etapa do circuito mundial no Brasil.

Hoje Friedmann tornou-se um dos mais respeitados shapers do cenário nacional, com vários anos de experiência na fabricação de pranchas de alta performance.


Na entrevista abaixo, ele conta como funciona o mercado atual e sua relação com as novas tecnologias disponíveis em uma sala de shape.


Daniel, você é considerado um ícone, tanto do free surf, como do surf de competição que marcou e influenciou várias gerações de surfistas e é reconhecido até hoje não só nacionalmente, mas também no cenário do surf mundial. Como você vê o surf profissional nos dias de hoje?

Fico feliz em ver a evolução que tivemos tanto na parte de eventos, premiações, e patrocínios, mas o mais importante é que a cada dia temos mais atletas exibindo potencial de um dia poder realizar o sonho de um dia o campeão mundial ser brasileiro.

Qual é sua opinião sobre os atuais free surfers, tanto os big riders brasileiros como os que praticam surf de exibição e representam o Brasil em eventos e filmes e suas relações com as grandes empresas patrocinadoras? Você acha que este tipo de apoio e patrocínio está em evolução a despeito do surf profissional competitivo (WQS, WT, WLT)?

Os atletas brasileiros como sempre têm se mostrado dispostos a superar todas as dificuldades para estar lá fazendo a diferença. Com certeza estamos escrevendo nossa história no surf não através de um, mas sim através de gerações que comprovam a garra brasileira e o desejo de estar presente na evolução do esporte.

O apoio aos atletas nas categorias de acesso é fundamental para viabilizar a participação nas categorias principais. Sem um patrocínio fica mais difícil de chegar lá. Precisamos acreditar mais, pois o investimento nestes atletas é o que viabilizará a oportunidade de um campeão mundial brasileiro.

Mudando radicalmente de tópico, estamos vivendo uma evolução e até mesmo uma revolução nos materiais que compõem nossas pranchas. Parece que este processo de revolução coincidiu com alguns fatos ocorridos no final da dos anos 90, tais como mudanças na legislação ambiental nos Estados Unidos, mais precisamente no Estado da Califórnia, o que talvez tenha ocasionado a saída do mercado de uma grande empresa norte-americana de fabricação de blocos de espuma de poliuretano. Fatos como este ajudaram na aceleração de materiais alternativos, como os blocos de EPS (isopor) combinados com resinas de epóxi. Você concorda com esta linha de raciocínio? Na qualidade de fabricante de pranchas, fale um pouco sobre o assunto em questão.

O desenvolvimento com epóxi é antigo. O que ocorreu nos EUA apenas acelerou seu posicionamento junto ao mercado. Tive a primeira oportunidade de verificar as vantagens do EPS em 1978 quando participava de uma competição em Santos no Quebra-Mar.

A prancha era feia, porém muito mais leve do que a que usávamos na época e a partir daí iniciei um processo de confecção e aprimoramento do EPS com resina epóxi produzindo pranchas para o meu uso. Recordo-me que o cariocão de 1980 venci com uma prancha que era feita em epóxi e todos se perguntavam o que eu estava fazendo com aquela prancha velha na competição.

Infelizmente naquela época a qualidade do epóxi não permitia um bom acabamento e a maioria das pranchas era pintada por cima dando uma aparência estranha e envelhecida. Somente bem mais tarde vim a conhecer o Flavio Carioca que desenvolveu o kit Keahana que, além de facilitar o trabalho em EPS e epóxi, trouxe ao mercado uma condição de viabilizar uma produção comercial destas pranchas dando as mesmas características visuais de uma prancha normal acrescentando a ela mais resistência e mais leveza.

Com esta nova apresentação as pranchas de EPS vinham conquistando seu espaço e no mesmo momento a situação nos EUA agilizou um processo que já estava em andamento.

Depois de vários anos de fabricação de pranchas de surf de alta performance, funboards, longboards, pranchas retrô e até os Sup’s, o Epóxi e o EPS, em sua opinião, já estão em um nível satisfatório para substituir a tradicional resina de poliéster e a espuma de poliuretano em todas as modalidades de equipamentos? Quais são as vantagens e, caso existam, em sua opinião, as desvantagens das pranchas de Epóxi? Gostaríamos que você, com sua experiência, falasse também em outros materiais que já estão sendo utilizados na fabricação das pranchas e outros que possam estar em desenvolvimento para que as pranchas “mágicas” possam ser perfeitamente reproduzidas.

Sou suspeito para falar sobre este assunto, pois 80% de minha produção é em EPS e Keahana. Sempre procurei por materiais que dessem mais agilidade e leveza ao equipamento. O custo-benefício também é levado em consideração em uma produção comercial, já que produzir uma prancha com materiais alternativos pode se tornar uma dor de cabeça e um custo fora da realidade.

O EPS e o Keahana para todas as condições se mostraram competitivos, pois reuniram praticamente todos os requisitos necessários para estar no mercado. Durabilidade, resistência e leveza.

Parece que as máquinas de shape que chegaram ao cenário de fabricação de pranchas são bem precisas e foram bem aceitas por grande parte dos shapers no sentido de agilização na produção dos shapes e maior proximidade na reprodução das chamadas pranchas “mágicas”.

Você acha que tal processo é uma realidade positiva? Será que as pranchas shapeadas sem a pré-usinagem estão ou estarão obsoletas, tendo em vista que uma criação de uma determinada prancha pode ser desenhada e programada no computador, por meio do qual são transferidas curvas e medidas para as máquinas de shapes? Será que o shaper, sem a máquina, está em processo de extinção?

Prancha mágica é uma palavra que soa como se a prancha fizesse tudo sozinha. Não coloco nenhuma prancha neste patamar. Você estaria limitando sua habilidade e dando total crédito a um equipamento que reproduz sua capacidade sobre as ondas. Uma boa prancha sim. Uma ótima prancha também, mas mágica não. Muitos consideram a prancha mágica pela facilidade que ela lhe leva a seu desempenho dentro da água.

Toda prancha deve ser superada, deve ser melhorada. Caso contrário não estaríamos evoluindo e sim estaríamos surfando uma prancha mágica de madeira de 70 kg.

As máquinas de shape são uma evolução do processo de produção e comercialização das pranchas, mais que uma fiel cópia de uma boa prancha. Depois do término do shape ainda temos várias etapas que podem influenciar positivamente ou negativamente no desempenho de uma prancha. As máquinas de shape vieram para agilizar o trabalho pesado no desbaste do bloco facilitando o acabamento final do shape.

Se shape é arte, nunca a máquina irá sumir com o artista. Conhecer as linhas que se harmonizar na confecção de uma prancha por trás de uma tradicional plaina e pura arte, arte de escultura, arte de shape. Transformar um bloco retangular em uma prancha é arte e Shape. Não diria que o shaper está em extinção. Eu diria que está havendo uma seleção natural entre aqueles que realmente têm o prazer pela arte e irão shapear mesmo que com um ralador de queijo, daqueles que sem um aparato industrial ficam perdidos sem saber por onde começar.


Para finalizar, que mensagem você gostaria de transmitir às novas gerações de surfistas e às novas gerações de fabricantes de pranchas?

Por anos chegamos perto. Incomodamos bastante. Tivemos garra e temos potencial. Precisamos acreditar, investir e superar as barreiras para um dia sermos campeões mundiais.

Fonte Avanti Surf / Waves

16/09/2010

Bino (Index krown,keahana) e Alandresson Martins (Index krown,keahana) dominam etapa do circuito profissional Brasileiro em Itacaré




Pena Pro Nordeste, circuito Nordestino de surf profissional 2010

Bino (index krown, keahana) e Alandresson Martins (index krown, keahana) dominam etapa do circuito profissional brasileiro em Itacaré conquistando primeiro e segundo lugar

Bino Lopes(index krown, keahana) vence Pena Pro Nordeste e leva passagem para o Hawaii pelo título da Tríplice Coroa.
O baiano Bino Lopes fez a festa no Pena Pro Nordeste, etapa do circuito nordestino profissional encerrada neste domingo, em ondas de 1 metro e formação regular na praia da Tiririca, Itacaré (BA).
Com uma atuação de alto nível na final, o atleta de Vilas do Atlântico somou notas 9.17 e 7.17 para levar a taça e o cheque de R$ 8 mil.
É a terceira vitória de Bino no Nordestino Pro. O atleta havia faturado as provas em Stella Maris (2009) e Fernando de Noronha (2010).
´´Po tava super concentrado e queria muito voltar a liderança do circuito , tava com a pranchinha no pe e ela tava voando , passei treinando muito
para conquistar este campeonato queria muito este titulo que vai ser muito importante para a minha carreira, agora eu quero lutar ate o fim para também ser o campeão nordestino ´´
Em uma decisão apertadissima , o baiano superou o conterrâneos Alandreson Martins (2o) por apenas 0,4 , ficando o cearense Michel Roque (3o) e Rudá Carvalho, quarto colocado.
Alandreson Martins (index krown, keahana)passou todas as baterias em primeiro lugar e a única bateria que perdeu foi na final para o amigo Bernardo Lopes , ficando na vice em Itacaré.
Pena Tríplice Coroa Depois de conseguir uma virada emocionante na última onda na semi e barrar o potiguar Alan Jhones e o conterrâneo Franklin Serpa, Bino garantiu a passagem ao Hawaii oferecida ao vencedor da Pena Tríplice Coroa.

Para levar o prêmio, o atleta de Villas do Atlântico venceu a etapa nas pesadas ondas de Fernando de Noronha, ficou em 17o lugar em Várzea do Una (PE) e arrebentou em Itacaré.

De quebra, Bino ressume a liderança do ranking nordestino e deixa para trás o conterrâneo Bruno Galini, nono colocado na praia da Tiririca.
As semifinais pegaram fogo em Itacaré e foram decididas na última onda. Primeiro foi a vez de Bino Lopes estragar a festa de Alan Jhones e avançar atrás do local voador Alandreson Martins.

Resultado do Pena Pro Nordeste em Itacaré

1 Bino Lopes (BA)(index krown, keahana mahalo)
2 Alandreson Martins (BA)(index krown , keahana, perfect wave)
3 Michel Roque (CE)
4 Rudá Carvalho (BA)
5 Alan Jhones (RN)
5 Marcelo Nunes (RN)

03/09/2010

TCHELE BRAW CONTRATA PAULINHO DE SOUSA




Mais uma contratação amadora de peso.

A equipe Tchele Braw está se fortalecendo e o ultimo atleta contratado é o Mirim Paulinho de Sousa, Local da Praia do Futuro na vala da Vira Verão, é uma das promessas do surf cearense.

Paulinho treina forte todo dia assim que chega da escola, e isso está rendendo frutos, sempre presente nos pódios de sua categoria e correndo até categorias superiores.

Paulinho já vai defender a marca juntamente com John Ewerson esse final de semana em Natal – RN, no Aquax Pro Junior. Os atletas estão focados nesse novo desafio.

Fonte: emfocosurf.com.br

Lembrando que Paulinho já era uma antiga aposta da Keahana junto com o Shaper Eduardo Dias.

Parabéns a todos que apostam e investem na nova geração do surf Cearense.